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Desafios e soluções do Ensino Remoto Emergencial

     Temos tentado evitar o lugar comum de fala desse último ano e meio que é: “a Pandemia atrapalhou nossos planos para educação”. Mas não sem que fique previamente esclarecido que não buscamos minimizar os efeitos sanitários e sociais que a Pandemia do novo Corona Vírus trouxe para nossa sociedade. Por culpa tanto do vírus (sé que seres biológicos podem carregar culpa que é um conceito moral), quanto de uma política velada de extermínio do trabalhador e daqueles que tiveram menos condições econômica para se proteger do patógeno, pessoas morreram e pessoas tiveram entes queridos e conhecidos mortos aos milhares por dia, nesse período de tempo. Ocorre que nos restringiremos ao debate pedagógico de sala de aula, onde influenciados por todas as demais dimensões da vida, existe uma intencionalidade pedagógica central que é educar.

     Ocorre que nesse período, a partir de 18 de março do ano de 2021 para os habitantes de Cametá; justamente por causa das complicações decorrentes do alastramento da doença – em especial a paralização das atividades presencias em sala de aula e a necessária utilização de TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) para a condução de aulas remotas – pudemos pôr em prática uma série de novas metodologias de ensino, tendo por base a implementação tardia dessas novas tecnologias. Essas (TIC´s) que estiveram por décadas “impedidas” de entrar no contexto escolar por uma hegemonia do ensino bancário (FREIRE, 1985) baseada em o professor expor sua aula no quadro negro e pondo à prova a memorização dos “conteúdos” ensinados.

     Não que todas as experiências no Ensino Remoto tenham sido exitosas.  Longe disso! Seja por falta de formação continuada para os professores da rede, pelos baixos salários da carreira que inviabilizam aquisição de novos instrumentos de trabalho ou por falta de uma equipe gestora capaz de mobilizar os recursos existente em prol de atingir os objetivos da escola (quase nunca, claros), ou seja por quaisquer outros motivos, a maioria das experiências terminaram por chegar à conclusão de que “melhor seria se voltássemos o quanto antes ao normal”, o que em outras palavras é o mesmo que dizer que melhor seria se voltássemos o quanto antes para “o giz, quadro e cuspe” (imagem extraídas das aulas expositivas tradicionais) que seria, supostamente o lugar de conforto para se ensinar.

     Ocorre que na ciência, as experiências e suas sucessivas falhas são o caldo cultural que conduzem aos êxitos. Se nos permitem uma pequena anedota em texto tão sério quanto esse que hora se apresenta... reza a lenda que após mil tentativas de se inventar a lâmpada, Thomas Edson ainda se mantinha confiante em seu projeto afirmando que sabia ao menos mil formas como NÃO emanar luz de um material eletrificado, então estava mais próximo de dar cabo de sua empreitada do que a mil tentativas atrás. De modo análogo, eventuais fracassos na educação por meio do uso de TIC’s apontam modos como não devemos as utilizar.

     Enquanto os sucessos... bem, é sobre isso que se trata o @V@.